" Pergunta-me
se ainda és o meu fogo
se acendes ainda
o minuto de cinza
se despertas
a ave magoada
que se queda
na árvore do meu sangue
Pergunta-me
se o vento não traz nada
se o vento tudo arrasta
se na quietude do lago
repousaram a fúria
e o tropel de mil cavalos.
Pergunta-me
se te voltei a encontrar
de todas as vezes que me detive
junto das pontes enevoadas
e se eras tu
quem eu via
na infinita dispersão do meu ser
se eras tu
que reunias pedaços do meu poema
reconstruindo
a folha rasgada
na minha mão decrente
qualquer coisa
Pergunta-me qualquer coisa
uma tolice
um mistério indecifrável
para que eu saiba
que queres ainda saber
para que mesmo sem te responder
saibas o que te quero dizer. . ."
(...)
as vezes os nossos olhos respondem por nós...
ResponderEliminarlove you
A questão não é o que nós vamos responder…
ResponderEliminarA questão é se interessa a resposta!
A questão é que saímos magoados
E lentamente, demasiado lentamente
Fragmentamo-nos
…estilhaçamo-nos…
Beijos
António
Adorei :)
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